segunda-feira, 8 de junho de 2015

As mulheres sabem ser muito cabras

Surpreendo-me sempre quando penso na quantidade de homens que conheço, que têm problemas de impotência por conta das ex-mulheres.
Claro que na maior parte dos casos o problema não é físico, está tudo ao nível da psique, mas é-me difícil compreender como é que homens feitos, com bom ar, com a vida organizada e com quem muitas mulheres que conheço não se importariam de relacionar,  por conta das maldades das ex-mulheres não conseguem ter uma erecção. É preciso ser muito cabra e totalmente desprovida de carácter para brincar assim com a auto-estima de um homem, principalmente um com quem já foram casadas e de quem têm filhos.
Nos últimos dias cruzei-me com três homens, de quem gosto muito e que se acham, ou acharam durante muito tempo, um lixo.

O Fernando saiu do casamento com a conta bancária numa miséria e com a cabeça completamente avariada. Era apaixonadíssimo pela cabra da ex-mulher (basta observá-la por dois minutos para perceber o que aquilo é), deu-lhe tudo quanto ela exigiu enquanto foram casados e a única coisa boa que lhe ficou do casamento foram dois filhos maravilhosos, que têem um amor incondicional pelo pai. Corneou-o constantemente durante os doze anos de casamento e no fim ainda teve a lata de lhe dizer que se o fazia era porque ele é um impotente, que nunca soube o que fazer na cama. Cabra! Apetece-me arrancar-lhe os olhos de cada vez que me cruzo com ela. Felizmente que o Fernando acabou por encontrar alguém que gosta verdadeiramente dele e que lhe mostrou que o único problema que ele tinha era uma gigantesca falta de amor próprio.

O Joaquim separou-se há três meses da mulher com quem casou e viveu  nos últimos dezassete anos. Sempre foi um homem bonito, com muito sucesso entre as mulheres, caiam-lhe aos pés sem que tivesse de se esforçar muito. Apaixonou-se, ela engravidou (gosto tanto das gajas que engravidam para garantir que seguram os homens), casaram e ela, coitadinha, depois de nascida a criança nunca mais trabalhou. Pois não é que se descobriu que é esquizofrénica? Pois diz que é, só é pena que a esquizofrenia não a tenha impedido de cornear o tótó do Joaquim com o PT lá do ginásio. Sim porque a senhora é esquizofrénica para o trabalho, mas não é para os passeios, a empregada diária, o ginásio, os bons restaurantes e as férias em locais de sonho. Também esta diz que só o fez porque o Joaquim é impotente, que não sabia dar-lhe prazer na cama. Puta! E o Joaquim anda que parece um farrapo, deixou de acreditar nele, acha mesmo que é impotente e por mais que os médicos lhe digam que não tem nenhum problema físico e por mais terapia que faça, ninguém o consegue arrancar daquela falta de amor próprio que me revolta as entranhas. E não, ainda não conseguiu avançar com os papéis do divórcio, porque afinal de contas ela é doente e não trabalha e o lorpa continua a pagar-lhe as contas. Às vezes apetece-me enchê-lo de porrada!

O Eduardo divorciou-se há dois anos da mulher com quem esteve casado durante vinte e dois anos e de quem tem um filho e por quem continua apaixonado. Sim, foi ela que pediu o divórcio. Parece que, apesar de lhe proporcionar uma vida de rainha, o Eduardo é um simplório. Gosta de comer em tascos de vez em quando, de estar com os amigos que são simplórios como ele, tanto fala com o presidente da empresa, como com a senhora da limpeza, enfim, coisas que não se entendem, segundo a sua ex-madame. A senhora ainda não conseguiu perceber a diferença entre simples e simplório e pelo caminho ainda teve tempo de dizer ao Eduardo que, afinal, no que tocava a sexo ele era assim uma coisinha pouca. Não bastasse, o Eduardo descobriu há um ano que tinha um cancro da próstata muito agressivo. Foi operado e dada a dimensão do problema, os médicos tiveram que ir mais além e como consequência o Eduardo ainda hoje não consegue ter uma erecção. O problema aqui é mesmo físico, mas está a perturbá-lo profundamente e não há psicólogo que o consiga ajudar a aceitar a sua nova condição. Já lhe disse que quanto mais pensar no assunto, mais ansioso fica e menos possibilidades tem de conseguir que o seu corpo reaja. Claro que numa relação o sexo é importante e claro que a falta de erecção do homem condiciona, mas não significa que não possa haver sexo e do bom. Há que usar a imaginação e deixar as coisas fluírem. Também não ajuda o facto de passados dois anos o Eduardo continuar com a esperança que a ex o queira de volta, mas depois pensa no que ela lhe disse e acha que agora é que ela não o quer mesmo, E o que podemos fazer para ajudar quem não consegue gostar de si mesmo?

Sou mulher, gosto muito da minha condição de mulher, nunca me ouvirão dizer que preferia ter nascido homem, mas sinto uma vergonha profunda por algumas mulheres com quem me tenho cruzado.