sexta-feira, 28 de março de 2014

"Se o teu marido já não te dá tusa, liberta-o para o mundo que não falta a quem ele possa ser útil."

Esta frase maravilhosa saiu da boca da hilariante J., no nosso último jantar de gajas, e veio na sequência da discussão que se instalou quando a M. diz que o primo, com 38 anos, sofre de crises de ansiedade. Claro que essas crises são resultado de uma única coisa: falta de umas boas pinadelas.
Pois que a mulher dele ainda não descobriu que há uma coisa à venda que se chama lubrificante (ou gel do amor, se lhe quisermos dar um nome mais fofinho), que lhe resolveria o alegado problema de "securas" de que a criatura se queixa e usa como desculpa para não pinar com o bonzão do marido vai para seis meses. E o C., dono de um corpinho invejável e de um par de olhos de pôr qualquer mulher de perna bamba, tem-se aguentado estoicamente e não mijou uma vezinha que fosse fora do penico. E depois acusam-me de ser uma cabra quando digo que uma gaja destas merece é um valente par de cornos! É o que ela anda a pedir e ele tem sido um verdadeiro resistente. 
E ontem, vou pintar o cabelo, e fazendo jus àqueles que defendem que eu tenho uma costela de padre, já que toda a gente me confessa coisas que eu preferia não saber, e a cabeleireira toca de partilhar comigo que o marido farta-se de a "procurar", mas que a ela não lhe apetece nada e que até agradece ficar a trabalhar até tarde da noite, que assim tem a desculpa de estar cansada. 
E eu não acho normal! Primeiro, não acho normal que alguém que só me pinta o cabelo partilhe comigo este tipo de informação, dispenso saber da vida íntima dos outros. Segundo, não acho normal que mulheres com menos de quarenta anos e saudáveis não tenham vontade de fazer o amor com os maridos. Casaram para quê? Só para lhes lavar a roupa e pôr-lhes comida na mesa? Mais lhes valia terem ido para empregadas domésticas, pelo menos tinham o ordenado assegurado e a cama só para elas.  
Daí que a frase da J. faz todo o sentido, há que libertar para o mundo os homens que se vêem privados da satisfação carnal, porque com certeza poderão fazer felizes muitas mulheres que não sofrem de falta de vontade. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

A Vida a divertir-se à minha custa

Somos amigos há mais de vinte anos, vivemos, entretanto, toda uma vida cada um de nós. Há poucas semanas e com um oceano a separar-nos ele "descobriu" que sou, e passo a citar, uma mulher encantadora e depois de sete anos do lado de lá decide regressar a Portugal  e eu ia morrendo com o choque. É que ouvi-lo dizer que "descobriu" que sou uma mulher encantadora já me ia matando de espanto, mas agora ouvi-lo dizer que está de malas feitas e regressa antes de Páscoa, isso é pôr em risco a minha saúdinha. E agora?! Eu estava à espera que isto fosse de mansinho, baby steps que eu não gosto de grandes revoluções, tudo a seu tempo, mas não, tinha que vir logo com tudo. E ontem comecei a ouvir a palavra "nós" e "nós" é uma palavra que me mete medo, porque já há anos que é só "eu". E "nós" é coisa de muita responsabilidade e a pressão está aí e eu lido bem com pressão mas é no trabalho, que na minha vidinha não gosto nada dessas coisas. E não, não lhe pedi para fazer as malas e vir-se embora, mas a responsabilidade sinto-a toda. E eu não precisava desta pressa toda na minha vida e vou ter que lhe meter um freio, senão não tarda passo-me, que eu já me conheço. E vou ter que fazer isto com jeitinho, mas a pressão, às vezes, faz de mim uma bruta. Estou metida num cu de boi que não tem fim!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Não, o meu pai não é o melhor do mundo

Diz que hoje é dia do pai. Eu, ao contrário da maioria das pessoas, não vou dizer que o meu pai é o melhor do mundo. Não é. O meu pai, que é também pai do meu irmão e de mais três filhos, nunca soube efectivamente ser pai. Foi sendo pai porque algumas das muitas mulheres com quem se envolveu se deixaram engravidar e lhe foram dando filhos. Não foi diferente com a minha mãe, mas com ela acabou por casar e conseguir assim uma empregada a tempo inteiro. O meu pai não foi pai por opção, foi pai por força das circunstâncias e isso é o que define o pai que se vai ser daí para a frente. Um pai que não tem a capacidade de fazer o mínimo sacrifício pessoal, financeiro ou emocional  pelos filhos pode verdadeiramente ser chamado de pai? Um pai que não sabe nunca orgulhar-se dos filhos e ter uma palavra de conforto ou incentivo quando os filhos mais precisam pode verdadeiramente ser chamado de pai? Não me parece.
Aprendi cedo a lidar com este não saber ser pai do meu pai, mas o meu irmão continua até hoje a não aceitar e a sofrer com isso. Tenho a certeza de que o meu irmão vai ser, um dia, o melhor pai do mundo, porque vai saber exactamente o que faz falta a um filho para que sinta que tem verdadeiramente um pai.
Não é pai quem quer, é pai quem o sabe ser.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Era rego que nunca mais acabava

Hoje de manhã, mal abro a porta da minha sala, deparo-me com um cenário que ninguém merece ver e muito menos àquela hora da manhã - o real rego do que dizem ser o meu assistente. É que não foi só uma nesga, não!, foi o rego na sua quase totalidade! Ninguém merece e eu muito menos. E aquela imagem dantesca não me larga desde então e sempre que a criatura me dirige a palavra só consigo visualizar aquele rego sem fim! Acho que é por isso que me dói a cabeça. Porque é que esta gente não compra uns boxers suficientemente grandes, que lhes cubra o pacote na íntegra? Eu sei que a barriga não lhe permite puxar as calças para o sítio certo, mas eu não tenho que levar com as vergonhas dos outros. Ainda se fosse uma coisa jeitosinha...
Amanhã entro na sala de olhos fechados, não volta a apanhar-me desprevenida.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Ainda das cartas

Parece-me que as cartas da prima dos Alpes se enganaram no moço...  Era fácil de mais para ser (tudo) verdade.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Mais um a testar a minha paciência

Preciso voltar para o yoga por causa das minhas costas, mas aliado ao facto desmotivante de ter que fazer 30km para fazer uma aula decente de yoga, apareceu-me agora uma ruptura do gémeo, que requer descanso e antes de mais que o desmiolado do meu médico de família atine com a perna que me dói e passe a credencial da ecografia para a perna certa, para que possa começar a fisioterapia. Ando há quase três semanas nisto, pois que passou a credencial para a perna direita quando me queixei da esquerda, já lhe disse o mesmo por telefone umas quantas vezes e hoje, depois de 535 telefonemas para o centro de saúde, de me dizerem que ainda não tinham a credencial pronta e de ter pedido para, mais uma vez, falar com sua excelência o médico, diz-me ele que se tinha esquecido, mas que pedia imensas desculpas. Vá lá, ao menos não me mandou à merda. Amanhã volto a ligar e se a credencial não estiver pronta, juro que roubo uma cadeira de rodas a um aleijadinho e apareço lá sentada nela, sempre quero ver se não saio de lá com o problema resolvido.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Coisas que não consigo compreender

Porque é que as moças da Femen insistem em fazer protestos com as mamas ao léu? Desta vez foi na Crimeia e está um frio do camandro para aquelas bandas, mas mesmo assim as moças andaram a mostrar as mamocas como forma de protesto. A sério que não consigo compreender. Acham mesmo que conseguem chamar mais a atenção por andarem ali com as mamocas aos saltos e à vista de todos? Não me parece que surta grande efeito, parece-me só um bocadinho ridículo e um dia destes ainda apanham uma gripe a sério.