segunda-feira, 27 de abril de 2015

Na minha felicidade mando eu

Tinha catorze anos quando o meu pai me disse que há pessoas que nascem para sofrer e que eu era uma delas. A partir desse dia prometi a mim mesma que ia combater esse sofrimento a que me queriam destinar e que ia ser feliz. E desde aí que a minha vida tem sido uma luta constante. Já levei muita pancada da Vida, já vi a minha confiança traída das formas mais infames e já desci a escada aos trambolhões, mas quando cheguei ao fundo agarrei em mim mesma, limpei as feridas e em vez de me tornar uma pessoa amarga, passei a gostar ainda mais de mim e tornei-me uma pessoa melhor.
A minha capacidade de resistir tem sido constantemente posta à prova, até pelos que me são mais próximos e que deveriam ser os que mais deveriam querer proteger-me, mas que pelo contrário fazem de tudo para ver se quebro. E, apesar do negativismo que me rodeia, todos os dias me levanto com a mesma determinação: ser feliz. E mesmo nos dias em que só me apetece cobrir a cabeça e baixar os braços, respiro fundo, meto-me debaixo do chuveiro e saio de lá com um sorriso no rosto, porque sei que dependo única e exclusivamente de mim, que ainda tenho muita coisa boa para viver e que o meu sorriso incomoda profundamente quem todos os dias se esforça para mo tirar do rosto.

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