quinta-feira, 27 de março de 2014

A Vida a divertir-se à minha custa

Somos amigos há mais de vinte anos, vivemos, entretanto, toda uma vida cada um de nós. Há poucas semanas e com um oceano a separar-nos ele "descobriu" que sou, e passo a citar, uma mulher encantadora e depois de sete anos do lado de lá decide regressar a Portugal  e eu ia morrendo com o choque. É que ouvi-lo dizer que "descobriu" que sou uma mulher encantadora já me ia matando de espanto, mas agora ouvi-lo dizer que está de malas feitas e regressa antes de Páscoa, isso é pôr em risco a minha saúdinha. E agora?! Eu estava à espera que isto fosse de mansinho, baby steps que eu não gosto de grandes revoluções, tudo a seu tempo, mas não, tinha que vir logo com tudo. E ontem comecei a ouvir a palavra "nós" e "nós" é uma palavra que me mete medo, porque já há anos que é só "eu". E "nós" é coisa de muita responsabilidade e a pressão está aí e eu lido bem com pressão mas é no trabalho, que na minha vidinha não gosto nada dessas coisas. E não, não lhe pedi para fazer as malas e vir-se embora, mas a responsabilidade sinto-a toda. E eu não precisava desta pressa toda na minha vida e vou ter que lhe meter um freio, senão não tarda passo-me, que eu já me conheço. E vou ter que fazer isto com jeitinho, mas a pressão, às vezes, faz de mim uma bruta. Estou metida num cu de boi que não tem fim!

2 comentários:

  1. Pois, se calhar estás. Eu tenho o mesmo problema de nem sempre amar com a mesma intensidade que a outra parte ama, e isso, mais tarde ou mais cedo, sufoca e estoira com tudo. Boa sorte. :)

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  2. É sempre mais seguro que nos amem mais a nós, do que nós a eles, mas é mais difícil gerir as coisas quando assim é.

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