Ontem perguntaram-me porque não tenho filhos, se tenho algum problema físico que o impeça. Curioso como as pessoas assumem logo que temos um problema físico quando, aos quarenta anos, dizemos que não temos filhos.
Não tenho filhos por opção. Gosto muito de crianças, mas nunca senti o verdadeiro apelo da maternidade.
Não vou mentir e dizer que nunca planeei ter filhos, que planeei. Acho que aos vinte anos todas as mulheres acreditam que querem ser mães, ou porque é normal, ou porque acham que encontraram o amor para uma vida e fazem planos de ter filhos. Comigo não foi diferente, cheguei mesmo a ter nome para as crianças que planeava vir a ter. Mas a verdade é que nunca se concretizou. Ora porque a vida profissional era complicada e exigia muito do meu tempo, ora porque para se ter uma criança havia que criar toda uma rede de segurança financeira e familiar que fui entendendo que não existia. Hoje, analisando friamente, sei que nunca quis de verdade ter filhos.
Assim como há quem não se imagine sem ter filhos, eu não me imagino a ter. E assim como respeito e não questiono quem decide ter filhos, agradeço que façam o mesmo comigo.
Um filho é demasiado importante para que o tenhamos só porque sim.
Eu nunca quis ter filhos. Desde criança que digo isso. Sempre foi uma certeza inquestionável na minha vida. Até há pouco tempo... Desde que conheci o meu namorado que já não digo com toda a certeza que não os vou ter, mas que pondero um dia vir pensar nisso. Claro que do pensar ao decidir, vai uma larga distância, que não sei mesmo se algum dia terei coragem para percorrer. Também adoro crianças, mas as dos outros. Ter filhos nunca me passou pela cabeça. Quando digo isto as pessoas também costumam ficar chocadas, o que me irrita bastante.
ResponderEliminarSubscrevo. Quando finalmente admiti que ter filhos não é e nunca foi um objectivo de vida, saiu-me um peso monstro das costas. Há quem me ache estranha, mas quero lá eu saber...
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